Google Street Art View
Quando o Google lançou o Street View, eu torci o nariz. Não pra tecnologia em si, mas para o uso lascivo que logo iria surgir. Torci porque acredito que o limiar entre tecnologia e privacidade muitas vezes se perde no meio do exibicionismo social.
A ressalva são as formas como podemos usar as oitavas, nonas e décimas maravilhas desse mundão geek sem porteira. Entre tantas cenas toscas, engraçadas, curiosas e dignas de vergonha alheia captadas por este decente país afora, uma empresa resolveu enxergar oportunidade e lançar uma plataforma digna de inovação.
A Red Bull montou o Street Art View, um site participativo que permite ao usuário ver as artes de rua pelo mundo e também cadastrar alguma que o próprio conheça. Ideia simples e alinhada ao valor da marca.
Exposição mundial de arte. Custo zero. |
Dá para escarafunchar muita coisa aí e, dentre os autores, achei Keith Haring por acaso. Bem, talvez não por acaso se levarmos em consideração o seu reconhecimento no mundo da arte gráfica que eu desconhecia até então. A coincidência ficou mesmo por conta de eu ter visto uma exposição dele neste fim de semana quando perambulava à toa pela Paulista.
Mas voltando ao foco, não vamos ser hipócritas e dizer que um leigo ficaria horas aí fuçando todas as imagens, nem que eu quisesse, teria esse tempo. O cerne da questão é a iniciativa da marca em tomar partido de uma tecnologia recente e gerar conteúdo focado. Mandaram bembagarai.
Red Bull dá asas à imaginação. JB, Rio de Janeiro. |
Mancebinho, não tô dizendo que o artista desta obra aí tomou um Red Bull pra turbinar a imaginação, porém é quase inevitável que o nosso cérebro faça uma associação da arte à ideia que temos da marca... catch the point!
De vexame alheio à ação de marketing. O limite da versatilidade de uso está nos olhos de quem não vê.
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